sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Paz...

Tava aqui pensando em como tenho me sentido ultimamente... Caramba! Quem disse que o amor é o melhor sentimento do mundo? Quanta mentira! Os apaixonados e as pessoas que ainda acreditam no amor (eu não deixei de acreditar, só pra constar) que me desculpem e parem de ler agora, mas o amor passa longe de ser o melhor sentimento... Como diria a minha sempre citada Clarice Lispector: "Estou sofrendo de amor feliz. Só aparentemente que isso é contraditório. Quando se sente amor, tem-se uma funda ansiedade. É como se eu risse e chorasse ao mesmo tempo. Sem falar no medo de que essa felicidade não dure. Preciso ser livre - Não agüento a escravidão do amor grande, o amor não me prende tanto. Não posso me submeter a pressão do mais forte"... Gente, na boa, o amor é angustiante. Isso mesmo... ATORMENTADOR! Bom, é claro... Para mim! É bom eu deixar bem claro que é isso que penso do amor a partir de minhas experiências sentimentais, por isso peço encarecidamente para as pessoas sentimentais ignorarem essas linhas, porque apesar de eu ser sentimental também, hoje descobri um outro sentimento, um sentimento que deixa o amor no "chinelo"... A paz!
Não sei como explicar isso, mas é assim que me sinto, totalmente em paz... Foi uma série de fatores que me levaram a hoje me encontrar assim... Primeiro o rompimento com o amor, o amor por outra pessoa, depois as boas vindas ao meu amor próprio... Depois a percepção de que a minha felicidade e todas as coisas que eu busco e desejo para a minha vida sempre vão depender somente e tão somente de mim. Poxa vida! Que mais posso querer? Não me descabelo mais com aquele medo da outra pessoa deixar de me amar, não espero por demonstrações de amor que nunca vêm, não choro com saudades de ninguém, não devo satisfações a outra pessoa, não preciso me anular para fazer outra pessoa feliz e nem preciso aceitar coisas de outra pessoa que me deixam extremamente infeliz... Não tenho mais aquela insegurança de que existem zilhões de pessoas mais interessantes que eu no mundo e que logo serei trocada por uma delas... Nada, exatamente nada!
De repente isso tudo pode parecer solidão... Mas como me sentir só se eu tenho a mim? Se eu tenho a única pessoa da qual eu sei que vou contar SEMPRE? Não, isso não é solidão... Isso é auto-aceitação... Eu passei a ter noção exata de quem eu sou e de todas as minhas capacidades. Passei da autoflagelação ao amor próprio! Parei de querer ser quem eu não era pra poder fazer outra pessoa feliz! Parei de tentar me entender, quando não há problema comigo se eu me aceito na forma que ajo e acredito nas coisas que penso... Essa sou eu, e mudar pra quê? Mudar pra quem? Mudar sim, com o tempo, com as minhas experiências, crescer sempre... Mas no meu tempo e não no tempo dos outros. Não, eu não ficarei estagnada, apenas respeitarei a mim e as minhas vontades, até o dia que eu acordar e pensar: "Opa! Isso aqui não me serve mais...". Não terei posturas e nem idéias e ideais eternos... A gente aprende, o tempo ensina... E no fim eu não preciso me cobrar nada, porque sempre serei a mesma e nunca serei a mesma. Confuso eu sei... Mas quem sou eu? Eu sou eu e mais as circunstâncias... Serei sempre a mesma Juliana, minha essência não muda, mas acabamos sempre incorporando na gente tudo que vivemos... Seremos sempre um amontoado de coisas e fatos... Um amontoado de vida, muita vida!
E essa paz... Ah! Essa paz ninguém mais toma de mim!

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